Entregar currículos impressos foi uma atividade que provavelmente a galerinha da geração Alpha (nascidos em 2015 em diante) nunca experimentarão. Redigir os dados pessoais, colocar aquela fotinha séria no canto superior direito e em seguida inserir as graduações ou certificados era uma tremenda aflição, pois era através daquelas informações que você poderia ser selecionado para a próxima fase do processo seletivo de uma vaga de trabalho.
Tempos depois, com o advento da internet e do acesso a e-mails e sites de recrutamento, alguns ousaram a ter o seu currículo em formato de portfólio digital, em sites ou PDF que eram anexados no corpo do e-mail. Mesmo assim, eram informações soltas e difíceis de serem organizadas dentro do departamento de recursos humanos.
Para equipes de RH era um processo mais detalhado, pois era preciso ter espaço para guardar os currículos de potenciais candidatos, não havia um padrão de formatos, então cada currículo chegava de um jeito diferente. Para uma pequena empresa, pode ser um processo comum, mas em grandes companhias este volume de material e informações era um certo problema.
O mundo estava mudando, as informações por meio digitais estavam ampliando a quantidade de usuários conectados e também, na categoria “trabalho”, a socialização digital era mais do que necessária.
Eis que surge uma rede social que mudaria todo este cenário: o Linkedin!
Muito além do que um currículo online
O Linkedin não é uma rede social recente. Foi criado em 2002 por Reid Hoffman. Após ser um gerente sênior no PayPal, Hoffman investiu uma quantia em dinheiro para os primeiros anos da plataforma. Naquela época, o MySpace, MSN e Facebook também estavam despertando nos internautas a necessidade de sociabilização através da internet.
Desde o início, o Linkedin esteve focado em unir profissionais e empresas, a fim de que seu histórico profissional e certificações pudessem ser acessíveis por usuários da rede social. O interessante é que marcas e empresas poderiam acessar estes perfis e encontrar potenciais candidatos às suas vagas de trabalho.
É formidável a facilidade com que se pode compartilhar um perfil profissional no Linkedin: basta enviar um link ou ser encontrado na busca. Os olhos dos gerentes de RH brilham...
Por ser uma rede social, a interface do Linkedin foi construída para que todos possam interagir, não só com informações profissionais, mas com conteúdos compartilháveis dentro e fora do Linkedin. Sim, é possível demonstrar aptidões, visão de mundo, valores e características dentro da rede, onde tanto profissionais quanto marcas poderão curtir, comentar, compartilhar e salvar os conteúdos. Com gêneros bem equilibrados, sendo 56% masculino e 44% feminino, o Linkedin é uma rede que permite se comunicar com as mais diversas comunidades, observando questões como qualidade de vida no trabalho, aporte à liberdade de expressão e maior abrangência para pessoas relacionarem a vida cotidiana com a vida profissional.
Microsoft compra o Linkedin: audiência perfeita
Em 2022, o Linkedin alcançou a marca de 850 milhões de seguidores, se tornando a 7° maior rede social do mundo. O grande diferencial é que ela está há 20 anos no mercado e não para de crescer. É uma das três redes sociais que mais crescem atualmente.
Seu crescimento contínuo despertou os olhos da gigante Microsoft, que em 2016 comprou o Linkedin por US$ 26,6 bilhões de dólares, quando a rede tinha “apenas” 435 milhões de usuários. A rede expandiu muito de lá para cá, praticamente dobrou de tamanho, presente em mais de 200 países. Podemos conferir no gráfico, os países que mais acessam a rede social:
O Brasil está em 4° lugar no ranking, o que corresponde a mais de 35 milhões de usuários ativos. Somos um país com grande potencial de crescimento da rede social e estamos na mira da Microsoft.
A Microsoft está feliz da vida em ter adquirido a rede social, pois poderá integrá-la aos mais diversos produtos e serviços da gigante. Um exemplo disso, é o Microsoft 365, que contém os famosos programas de texto, planilhas e apresentações, além de gestão de projetos, análise de dados e entre outros.
Percebe a sacada que eles tiveram? Eles conquistaram um ambiente com uma audiência perfeita para indicar seus produtos com mais abertura e dentro do contexto que profissionais e empresas estão. Uma base de mais de 850 milhões de possíveis clientes, mesmo valendo bilhões de dólares, é um investimento de longo prazo e rápida recuperação do capital investido.
Bill Gates não brinca em serviço!
O paraíso para as marcas; um oásis para criadores de conteúdo
Se antes contratar era uma árdua tarefa para as empresas, agora com o Linkedin a aproximação com os candidatos é muito mais calorosa e, diga-se de passagem, mais humana. Vejamos bem: agora, as marcas podem demonstrar seu valor e sua cultura através de conteúdos e conseguir interessados em suas vagas de trabalho. Ou seja, as marcas podem ser vistas como “além de uma empresa”, mas uma instituição no qual se pode se relacionar e ter contato.
Marcas interagem com marcas e podem inclusive propagar seus valores através do marketing de influência, tendo parcerias com criadores de conteúdo. Um profissional também se beneficia com o Linkedin, pois pode demonstrar suas capacidades profissionais compartilhando conteúdos e interagindo com outros profissionais e marcas.
É um terreno fértil para que criadores de conteúdo alcancem públicos pela sua relação com o lado profissional, com informações mais direcionadas para este contexto. E o melhor: muitos destes públicos são os mesmos que os acompanham em outras redes sociais, porém com contextos diferentes.
Para criadores de conteúdo, o Linkedin é um ambiente propício para demonstrar suas capacidades em gerar resultados na sua atuação profissional.
Um exemplo, seria um advogado compartilhar experiências com seus clientes, interagindo com o público perguntando qual seria a melhor escolha a se tomar diante tal caso judicial. Ou mesmo, um fisioterapeuta indicando como o colaborador deve buscar a melhor postura ao sentar e ter um dia de trabalho mais confortável preservando a saúde da coluna. E até um designer gráfico compartilhando a sua rotina diária de desenvolvimento, compartilhando dicas de como desenvolver uma identidade visual integrada aos valores da marca.
O poder da credibilidade e da informação, são os maiores atributos no Linkedin, não importando qual o look do dia, ou qual o carrão que você usa. A informação com credibilidade é rei na plataforma do Linkedin - e você, pode ser um criador especialista.
Apesar de ser uma rede mais corporativa, ainda assim é uma rede com muito público jovem. Percebemos isso no gráfico disponibilizado pelo Statista, sobre as faixas etárias do público dentro da plataforma, atualizado em 2023.
Se a sua marca ainda não está no Linkedin, faça o seu cadastro o mais rápido possível. E se você é um profissional, mas ainda não tem o seu perfil na rede social, tenha o seu, tire uma hora do seu dia e faça, pois as empresas estão cada vez mais exigindo o perfil no Linkedin e, além do mais, estão contratando por lá.
Aqui na inCast temos o nosso perfil, que inclusive você pode clicar aqui e nos acompanhar por lá.
Além disso, marcas podem anunciar na plataforma, direcionando os anúncios tanto para profissionais quanto para marcas. É um público mais seleto e o lead costuma ser um pouco mais caro, mas pelas experiências que tivemos, é um bom investimento e é muito mais direcionado quando se quer atingir públicos mais específicos.
Concluindo…
O fato do Linkedin ser uma rede social corporativa, atrai públicos de diferentes características sociais e diversas hierarquias dentro de empresas. Mas acima de tudo, o Linkedin vem transformando o modo como as pessoas lidam com a vida cotidiana e profissional dentro de uma rede social. O ambiente da rede ainda continua muito focado no contexto profissional e, se depender dos desenvolvedores, continuará assim.
Ainda vamos ouvir falar muito sobre o tal Linkedin.
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